Depois de quase três décadas de proibição, a volta da venda de bebidas alcoólicas nos estádios paulistas está cada vez mais próxima de se tornar realidade. Autoridades do governo de São Paulo, em conjunto com o Ministério Público, a Polícia Militar e a Defensoria Pública, chegaram a um acordo para viabilizar a comercialização, restando agora a aprovação de uma nova lei pela Assembleia Legislativa (Alesp).
Uma minuta já foi entregue ao deputado Delegado Olim, que deve apresentar o projeto nos próximos dias. O texto traz regras específicas sobre teor alcoólico, limite de quantidade, horários de comercialização e condições de segurança. O objetivo é equilibrar a experiência do torcedor com medidas de prevenção à violência.
A proibição em São Paulo está em vigor desde 1997, após episódios de brigas e tumultos entre torcidas. Mesmo quando a Alesp tentou liberar em 2019, o então governador João Doria vetou a iniciativa. Agora, com o respaldo do STF, que reconhece a autonomia dos estados para legislar sobre o tema, a possibilidade de aprovação é vista como real e próxima.
Além de transformar a experiência do público, a mudança abre caminho para novas oportunidades comerciais. Clubes poderão fechar contratos de exclusividade com grandes marcas de cerveja e, no futuro, até mesmo atrelar naming rights de estádios a companhias do setor, ampliando receitas e fortalecendo seus cofres. Imagine só: Stadium Budweiser Morumbi, Arena Palestra Antarctica, Arena Itaquera Ecobier ou até a Vila Belco. Parece distante, mas pode ser a realidade num futuro bem próximo.

