Em meio ao cenário decadente e criativo da Nova York dos anos 1970, surgiu uma banda que mudaria para sempre a história do rock. Em 1974, no bairro de Forest Hills, no Queens, quatro jovens com visual agressivo e sonoridade crua se apresentaram pela primeira vez no lendário CBGB’s. Com músicas rápidas, diretas e eletrizantes, eles não apenas fundaram um novo estilo musical, eles deram vida ao punk rock. Ramones.
Com um som cru, direto e energético, o grupo criou a fórmula perfeita do punk: músicas curtas, aceleradas, refrões grudentos e letras que falavam de alienação urbana, filmes de terror B, relacionamentos juvenis e... muita atitude. “Hey! Ho! Let’s go!” virou grito de guerra de gerações inteiras.
Seu álbum de estreia, Ramones (1976), foi uma verdadeira revolução sonora. Faixas como “Blitzkrieg Bop”, “Judy Is a Punk” e “Now I Wanna Sniff Some Glue” trouxeram de volta a simplicidade rebelde dos primórdios do rock, em meio à era dos excessos do rock progressivo e do glam.
Mesmo sem alcançar grande sucesso comercial nos EUA, os Ramones causaram um impacto profundo na cena musical. Na Inglaterra, influenciaram diretamente o surgimento de bandas como The Clash e Sex Pistols. No Brasil, viraram ícones cult, aclamados em cada visita, com shows lotados e fãs apaixonados.
A formação original Joey Ramone (vocal), Johnny Ramone (guitarra), Dee Dee Ramone (baixo) e Tommy Ramone (bateria), se manteve ativa até meados dos anos 1980, passando depois por diversas mudanças. Ao longo de 22 anos de estrada, foram mais de 2.200 shows , 14 álbuns de estúdio e um legado eterno.
Encerraram suas atividades em 1996, mas jamais saíram do coração dos fãs. Com o tempo, todos os membros originais faleceram, mas sua influência ecoa nas guitarras do Green Day, no espírito do Nirvana e até nas pistas de skate ao redor do mundo. Em 2002, entraram para o Rock and Roll Hall of Fame, e em 2011 receberam o Grammy pelo conjunto da obra.
Os Ramones não foram apenas uma banda. Foram um movimento. Uma filosofia. Uma identidade. Hoje, 50 anos após o seu nascimento, continuam sendo a trilha sonora da rebeldia juvenil e do rock sem filtros.
(Marky Ramone, que entrou na banda depois de Tommy, ainda está vivo, assim como outros membros posteriores, mas não fazem parte da formação original)
Dreams FM — A trilha sonora da sua vida... e do seu punk interior também.
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